Big Blue (Portrait of Ben), David Hernandez

by Anthony Ureha '12

As noites sao frias e estamos sozinhos Uriidos por sonhos que criamos No pouco tempo que passamos dormindo.

Separados pela distancia de uma historia Nao ha tempo suficiente para contar quantos passos dei Para entender o que se sente enquanto se voa.

O sol dorme mais do que eu E no seu sono eu ougo uma musica da saudade Assobiando por meio de um coragao solitario.

Nas profundezas das arvores subindo acima de mim Reside um passarinho tao orgulhoso Penas de ouro em asas negras.

Certamente seus olhos viram muito com o passar de cada dia Pois ele descansa tranqiiilamente no topo da mais alta das arvores Olhos fechados e penas erigadas para se manter aquecido.

Uma maravilha de se ver Uma criagao tao divina Ciume ocultado na esteira do seu voo.

E ainda assim a beleza nao e suficiente Rara liberar a vontade engaiolada Do passaro solitario.

Ele canta uma musica todas as noites Com a mesma melodia Ao mesmo tempo.

Por horas ele vai derramar nota sobre nota Chorando pelo amanhecer Ate que o sol brilha sobre o mundo abaixo. No topo da arvore mais alta O passaro pode ver o seu lar E todos que partilham-no.

Sua cangao muda brevemente Tons desvanecendo Enquanto resplendor danga sobre seu bico afiado.

A luz brilhante abre os olhos E enquanto ele observa a terra Ele acorda de um sonho.

A musica que ele cantava era a de esperanga Pelo fim da solidao De uma forma familiar.

Em seus sonhos ele ve uma figura e comega a cantar suas memorias, Cada som acompanhando seu desejo esquecido.

Mas, como ele acorda para a realidade do dia, Ele abraga o silencio E voa mais uma vez.

Ele nunca acorda com seu amante ao seu lado Pois se ele estivesse la, O canto teria cessado.

Mas a cangao do passarinho ainda ressoa clara a cada noite Com o mesmo torn Ao mesmo tempo.

E ainda me pergunto se voce pensa nisso tambem.